Maior exposição do mundo sobre modernismo brasileiro é organizada pelo Instituto de Estudos Brasileiros

Mostra conta com fotos, diários e quadros de artistas marcantes para o movimento, como Mário de Andrade e Anita Malfatti

A imagem mostra uma sala com iluminação escura e paredes vermelhas, de uma exposiçao. Em primeiro plano, há uma mesa com tampo de vidro, que reflete as poucas luzes do local. Não há como ver o que há embaixo dela. Ao fundo, em uma parede, há três quadros, um colorido e dois escritos, com frases escritas ao seu redor. Ao fundo, é possível ver outros quadros.
O Modernismo brasileiro comemora 100 anos em 2022. [Imagem de capa: Divulgação/SESC/Karim Kahn]

A mostra Era Uma vez o Moderno [1910-1944], que celebra feitos do modernismo brasileiro, estará em cartaz até dia 29 de maio aberta à visitação gratuita. Com mais de 300 obras advindas do acervo do IEB, que marcaram o período, a exposição é uma parceria do Instituto da Universidade de São Paulo com o Centro Cultural Fiesp, e está localizada em um dos maiores centros culturais do país: a avenida Paulista. 

A Semana de Arte Moderna ocorreu no Theatro Municipal, em São Paulo, entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922. Entretanto, o período que a antecedeu, aproximadamente a partir de 1910, e aquele que a sucedeu, até meados de 1944, também foram marcados por enormes manifestações artístico-culturais. No período, diversas apresentações de dança, palestras, recitais de poesias e exposições de artes plásticas de relevância ocorreram.  Entre os artistas presentes, estavam Di Cavalcanti, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Anita Malfatti, cujas obras, além das de muitos outros do período, poderão ser encontradas na exposição. 

O destaque, contudo, se volta para um artista em particular: Mário de Andrade. O poeta preenche a maior parte das obras expostas em Era uma vez o Moderno, em concordância com o fato do Instituto de Estudos Brasileiros, atualmente, ser responsável pelo arquivo e preservação de suas obras. Diários e fotografias estão expostas mostrando seu lado pessoal do artista. Os visitantes também poderão contar com obras icônicas de outros artistas, como O Homem Amarelo, de Anita Malfatti e O Mamoeiro, de Tarsila do Amaral. 

A imagem mostra uma sala com paredes azuis expondo uma série de quadros brancos e pretos. Em primeiro plano, há uma mesa branca com pequenas obras em papel expostas.
Os itens expostos estão, em sua maioria, sob o cuidado do Instituto de Estudos Brasileiros, localizado dentro da Universidade de São Paulo [Imagem: Divulgação/SESC/Karim Kahn]
O curador da mostra e professor do IEB,Luiz Armando Bagolin relata que ela foi fruto do grupo de estudos que coordena, acerca de arte, história e crítica de arte. “O projeto original levantou, só do acervo do IEB, mais de mil itens para serem expostos. Reduzimos o escopo até o formato que foi executado. Mesmo assim, é a maior exposição já feita sobre o modernismo no Brasil.”

Como meio de dimensionar a magnitude dos elementos expostos atualmente, o professor citou a exposição organizada pelo Museu de Arte de São Paulo para o cinquentenário da Semana de 22, que, em comparação, não contou com um terço do tamanho da exposição organizada pelo Instituto. 

O evento é uma celebração de duas datas célebres. O centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, o qual entra em consonância com as comemorações organizadas em todo país e retratam as mais distintas facetas desse marco, e, também, o 60º aniversário do Instituto de Estudos Brasileiros, fundado em 1962 pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda

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