Em “O Futuro do Turismo no Brasil a partir da análise crítica de 2000-2019”, trabalho publicado na Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo (RBTUR), e produzido por 23 profissionais e acadêmicos de 17 universidades do Brasil e do exterior, são abordadas as perspectivas para o futuro do Turismo no Brasil a partir da análise dos principais acontecimentos entre 2000 e 2019, apontando também as projeções do setor para 2030. Entre os coautores estão os professores Alexandre Panosso Netto e Luiz Godoi Trigo, do curso de Lazer e Turismo Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH-USP).
A publicação engloba todos os cenários que caminham junto ao turismo: gastronomia, hotelaria, hospitalidade, lazer, marketing, transporte, planejamento e meio-ambiente. Além disso, o trabalho também versa sobre a importância do setor turístico para o país, a imagem do Brasil para turistas internacionais, a relevância da educação para o oferecimento de serviços, além de analisar criticamente as recentes mudanças da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) na promoção do turismo brasileiro.
Segundo o professor Alexandre Panosso, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Turismo (PPGTUR) da EACH/USP e presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo (Anptur), a motivação para produção do artigo foi o desejo de contribuir e poder fazer parte de um estudo de alto impacto na literatura da área do turismo. Para ele, a produção de conhecimento científico tem o objetivo de desenvolver ainda mais o setor no Brasil, e é a principal forma de comunicar com clareza à iniciativa privada e aos gestores públicos as descobertas feitas pelas universidades.
“É preciso que a universidade rompa os muros reais e imaginários que a separam da sociedade e desenvolva estudos científicos sobre a qualificação do produto turístico nacional, sobre demanda turística, sobre geração de empregos, sobre inovação em turismo, sobre assuntos reais com pessoas reais e problemas reais”, complementa Panosso.
Os autores também ressaltam que assim como em outros setores da economia, para o turismo, a educação desempenha um papel central. De acordo com o professor Luiz Gonzaga Godoi Trigo, Professor Titular da EACH/USP, não só a educação superior é fundamental, como também a educação básica. Isso porque o setor do turismo precisa também de profissionais muito bem preparados na linha de frente de atendimento e de operações: “A base de tudo é uma educação básica, gratuita e de qualidade em âmbito nacional, algo que não temos ainda em todo território brasileiro”, reforça.
O artigo por ser acessado de forma gratuita no seguinte link: https://rbtur.org.br/rbtur/article/view/2456/1471
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