Uma pesquisa conduzida na Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (FOUSP) está selecionando pacientes para pesquisa clínica em extração dentária de pessoas com diabetes. O estudo é liderado por Maria Cristina Zindel Deboni, professora do Departamento de Cirurgia, Prótese e Traumatologia Maxilofaciais, e conta com a participação do mestrando Bruno de Andrade Zanesco.
A diabetes mellitus (DM) é uma doença na qual o organismo não produz uma quantidade suficiente ou não responde normalmente à insulina, hormônio responsável pela regulação da glicose no sangue e pela garantia de energia ao corpo. Os pacientes com essa condição enfrentam riscos elevados de complicações pós-operatórias, incluindo infecções e dificuldades na cicatrização.
Objetivos
De acordo com Zanesco, o objetivo principal da pesquisa é analisar como a laserterapia pode auxiliar na recuperação de pacientes diabéticos que se submeteram a uma ou mais extrações dentárias. O estudo examina diversos fatores, incluindo o reparo ósseo, a recuperação de tecidos moles da cavidade oral e os níveis de dor pós-operatória e inchaço. Poucos estudos focam na laserterapia aplicada a pacientes diabéticos, o que torna a pesquisa ainda mais relevante, segundo o pesquisador.
Conforme Zanesco, durante a realização de extrações dentárias em pacientes diabéticos, é crucial minimizar o risco de infecções e garantir condições ideais para a reparação óssea e tecidual. Esses pacientes podem apresentar um retardo na cicatrização, o que demanda cuidados redobrados durante e após o procedimento.
“Devemos tomar o maior cuidado possível para evitar infecção ou qualquer outra complicação pós-operatória em pacientes nessa situação, além de proporcionar as melhores condições para que o reparo ósseo e dos tecidos orais aconteçam sem maiores problemas”, explica o pesquisador.
Pacientes
Para participar da pesquisa, os candidatos devem ser pacientes com diabetes e indicação para exodontia, ou seja, a extração de dentes. “É preferível que os participantes não tenham outras doenças sistêmicas, além da diabetes, que possam interferir na cicatrização, e que não estejam em uso de muitos medicamentos”, esclarece Zanesco. A seleção inclui uma avaliação clínica prévia para garantir que os pacientes atendam aos critérios estabelecidos.
As pessoas que cumprem com os requisitos e que estejam interessadas em participar da seleção podem entrar em contato diretamente com Bruno Zanesco ou com a professora Maria Cristina Deboni, através dos e-mails brunozanesco@usp.br e mczdebon@usp.br.
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