Um estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) conduzido por pesquisadores da instituição mostrou como aplicar a vigilância alimentar e nutricional na prática. Através da análise de marcadores nutricionais na atenção primária, o grupo promove estratégias para melhorar o cenário nutricional no Brasil, que está em baixa.
Marcadores de alimentação
O Sisvan é um sistema que gere informações da vigilância alimentar e nutricional. “É muito importante para medir tendências e planejar possíveis intervenções de políticas públicas“, complementa Bárbara Lourenço, coordenadora do projeto de pesquisa.
Já os marcadores de consumo alimentar mensuram a qualidade da alimentação da população. Atualmente, os indicadores mostram realidades bem prejudicadas. Entre 2017 e 2018, 19,7% das calorias consumidas eram de alimentos ultraprocessados. Já o feijão apresentou declínio de 73% para 60% na participação.
Como reverter?
Segundo o estudo, a atenção primária à saúde (APS) é responsável por 80 a 90% das demandas de uma pessoa ao longo da vida. Dentre elas, as necessidades de atenção à saúde alimentar são capazes de serem atendidas por unidades primárias como Unidades Básicas de Saúde (UBS), por exemplo.
Assim, através de questionários, o profissional de saúde já consegue traçar uma, além de contribuir para a base de dados do Sisvan. Também, esse procedimento não precisa ser necessariamente feito por profissionais da nutrição. “Todos os profissionais da APS são responsáveis pela promoção de alimentação adequada e saudável”, afirma.
A apresentação, pesquisadores e propostas podem ser visualizados através do site da FSP (https://www.fsp.usp.br/marcadores-sisvan/), com gráficos interativos, ilustrações e referências complementares.
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