Empresa Júnior de Fonoaudiologia lança projeto de conscientização sobre riscos e cuidados com a voz dos professores

Amplia Fono Jr, empresa júnior de fonoaudiologia da FOFITO, lança seu primeiro projeto com a iniciativa 'Imersão na Voz do Professor'

equipe da Amplia Fono Jr, da Fofito
Membros da Amplia Fono Jr durante a semana de recepção de 2023 da Fofito [Imagem: Reprodução/Instagram]

A Amplia Fono Jr, empresa júnior do curso de fonoaudiologia da Faculdade de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional (Fofito) está lançando seu primeiro projeto, que vai abordar os riscos e cuidados com a voz dos professores. Em formato de apresentação dos aspectos e fatores preventivos e de risco para a voz dos profissionais educacionais, o curso ‘Imersão na Voz do Professor’ vai mostrar situações que são fatores de risco, com dicas para preveni-los. Além de compartilhar orientações para preservação da voz.

Fundada no período pandêmico, em 2021, a Amplia Fono Jr passou por um longo processo burocrático até começar suas atividades em 2022. Durante esse período, as três fundadoras da empresa, Fernanda Alves, Juliana Santos e Agnes Seguras, idealizaram o projeto ‘Imersão na Voz do Professor’, que passou mais de um ano em desenvolvimento até ser lançado em 2023.

Na época do problema de elaboração da ideia, a atenção do projeto estava voltada para a possibilidade de maior desgaste da voz dos professores que precisavam dar aula de máscara. “Tinham muitas queixas dos professores por causa da voz, porque eles usavam máscara e não conseguiam falar. Daí eles tinham que falar alto para conseguir ser entendidos”, contou Fernanda Alves, aluna de fonoaudiologia na Fofito e uma das idealizadoras do projeto.

Em formato de curso de uma única aula , o ‘Imersão na Voz do Professor’ vai apresentar os riscos e cuidados vocais para o profissional da educação. Além de trazer dinâmicas para interação e deixar um espaço de tempo para sanar possíveis dúvidas dos participantes. “A gente viu aquilo que os professores mais se queixavam e mais tinham dúvidas, e trouxemos para fazer essa conscientização dos mitos, das verdades, do que eu posso fazer, do que eu não posso, o que realmente tem embasamento científico para você fazer, o que veio do TikTok e não tem nenhum embasamento científico”, complementou Alves.

Juliana Santos, fonoaudióloga formada pela Fofito e também criadora do ‘Imersão na Voz do Professor’, ressaltou que o curso não deve ser entendido como uma terapia fonoaudiológica: “A gente pensou em como iria orientar o cuidado da voz, porque tínhamos um receio dos professores entenderem isso como uma terapia fonoaudiológica. E não é, e não pode ser, porque quem vai dar esse projeto não são fonoaudiólogos formados”. Segundo ela, as aulas tiveram que ser pensadas levando em conta o direcionamento de atendimento profissional, a transformação de termos médicos em linguagem acessível para qualquer público, a uniformidade das informações que seriam apresentadas, além de muitos outros aspectos. “A gente teve todo o cuidado de ter tudo o mais encaminhado possível”, destacou Santos.

Entre coletas de dados, pesquisas, processos de regularização e validação de professoras especializadas na área vocal, o projeto  está sendo lançado com grande embasamento científico. “Fizeram diversas pesquisas, entraram em contato com mais de cem professores para entender a demanda, o que eles sentiam, quais eram os sintomas, como era a rotina desses professores e como foi na pandemia. Elas realmente queriam entender o perfil para poder entregar um curso que fosse a cara deles”, declarou Yasmin Souza, atual presidente da Amplia Fono Jr.

Com inscrições abertas por meio de um formulário de interesse disponível no Instagram da Amplia Fono Jr, a primeira aula do ‘Imersão na Voz do Professor’ aconteceu no dia 15/05, das 20h às 21h. Ministrada por membros da equipe de projetos da empresa júnior, a aula única do curso teve custo de R$10 para os professores da USP e R$15 para professores externos. A primeira turma contou com apenas 10 participantes, mas o formato deve ser ajustado conforme o projeto se repita, como explicou a presidente da empresa: “Essa primeira turma foi reduzida, como se fosse um teste. A gente quis começar com um número menor, mas pretendemos dar continuidade”.

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