
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, o Cern, é o lar do maior acelerador de partículas do mundo e desenvolve várias tecnologias que fazem parte da vida contemporânea, como o protocolo WWW e o touch screen. Apesar de contar com grandes laboratórios e estruturas de alta qualidade, o Cern oferece aos países membros muito mais do que aparato material.
Fundado em 1954, o Cern promove estudos sobre o funcionamento básico do Universo e o desenvolvimento de tecnologias a partir das descobertas provenientes dessas pesquisas. Sua sede se localiza em Meyrin, região da fronteira entre França e Suíça. Ele é mantido com a contribuição financeira de 23 países europeus, e mais recentemente, também com a contribuição de países associados.
[Imagem: Nikolaus Geyrhalter Filmproduktion]
Marcelo conta que a política da Organização é de reverter os recursos dados pelo país na compra de bens de serviços do mesmo, ou seja, os membros associados verão o valor de colaboração revertido em seu próprio território. Ao contratar empresas em solo nacional, o Cern possui uma prática de abertura e intensa participação por parte dos funcionários da empresa. Dessa forma, a entrada no Cern também ajuda, mesmo que indiretamente, no desenvolvimento econômico do setor da ciência e tecnologia do Brasil e incentiva o desenvolvimento tecnológico das instituições brasileiras. Além disso, o Cern só contrata pessoas de países membros e associados, colocando os cientistas brasileiros na lista de possíveis colaboradores e há a possibilidade de participar de treinamentos e programas de pesquisa oferecidos pela Organização.
Somando-se a todos esses fatores, a entrada do Brasil pode dar visibilidade à ciência e tecnologia brasileiras: “Nossa perspectiva é que essa associação traga, digamos, uma visibilidade maior para a área dentro do governo e traga então uma estabilidade de financiamento, de forma que a gente possa, na verdade, criar parcerias entre a academia e as indústrias”. Com a possibilidade de impulsionamento na venda de produtos de tecnologia para o Cern, a indústria brasileira pode se tornar uma maior aliada dos pesquisadores e cientistas com a intenção de atender as demandas da Organização.
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