O Instituto de Matemática e Estatística (IME-USP) é um polo de produção de conhecimento teórico e prático — o que acontece, além de nas salas de aulas, nos projetos de extensão. Tocados por alunos em suas mais diversas etapas de formação, esses projetos são um destaque dentro do departamento. Um deles é o USPCodeLab, que, de acordo com seu coordenador, Renato Cordeiro, tem como objetivo estimular a inovação tecnológica na USP.
A partir dessa intencionalidade, o grupo busca desenvolver sistemas, que, como explica Renato, são “programas feitos para serem usados por um público-alvo que se beneficiará de suas funcionalidades”. A formulação de sistemas se encaixa dentro das áreas de Ciência da Computação, Sistemas da Informação e Engenharia da Computação. Porém, o grupo sempre salienta o fato de que alunos de todos os cursos são aceitos e muito bem-vindos.
Dentro deste processo, várias atividades são promovidas. Se destaca a dev.journey (), um programa educacional que visa complementar a formação dos estudantes para que eles se tornem engenheiros de software capazes de desenvolverem sistemas reais. Entre as iniciativas do programa estão a promoção de cursos sobre tecnologias, assessoria de carreira, formação de grupo de estudos e outros. Ainda nessa área, surge um dos principais eventos a serem realizados pelo USPCodeLab: o InterHack 2019.
O InterHack é uma sucessão do HackathonUSP, que foi o maior evento do tipo entre 2016 e 2018. Renato explica que hackathons são “eventos ligados à tecnologia onde os participantes implementam protótipos de software ou hardware num período limitado de tempo”. Softwares são os programas, os códigos que formam, por exemplo, os aplicativos. Esses programas rodam nos hardwares, que são a máquina, os aparatos físicos. Em um exemplo simples, um aplicativo de celular seria um software, enquanto o celular em si seria o hardware.
O InterHack está programando sua primeira edição, mas já tem grandes pretensões. A principal delas é fazer com que, no ano que vem, a competição se torne inter-universitária. Por enquanto, a competição é inter-campi, sendo que os institutos envolvidos são o IME, no campus Butantã da USP Capital; o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), em São Carlos; e a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na zona leste de São Paulo. Em todos esses, existe um núcleo do USPCodeLab, sendo que o projeto agrega, ao todo, 40 alunos.
Renato salienta que o grupo busca sempre pensar programas e projetos que tenham aplicação e impacto social, na tentativa de aplicar as tecnologias da computação no cotidiano das pessoas e melhorá-lo. Assim, a primeira fase do InterHack tem como tema a governança eletrônica, ou seja, como melhorar as adminstrações com tecnologia. “É um tema mundialmente em alta, pois há uma crescente demanda por automatização, agilidade e transparência dos processos que envolvem a esfera pública”, o coordenador completa.
Assim, o InterHack é um evento inovador que vem para construir conhecimento e fazer aprender. Com temas engajados socialmente, ele gera soluções aplicáveis dentro de diversas áreas, mostrando que a universidade é rica, plural e produz ciência. O evento disponibilizará um total de 180 vagas, 60 em cada campi. É esperado que sejam escritos, em média, 45 grupos. As primeiras fases seletivas acontecerão entre 24 e 25 de agosto, e a fase final acontecerá nos dias 9 e 10 de novembro. Para mais informações, consulte o site do projeto aqui.
Faça um comentário