A participação discente foi fundamental para a elaboração da segunda edição do Índice de Universidades Empreendedoras, organizado pela Brasil Júnior, instância que representa as empresas juniores. Uma série de estudantes, assim como no ano passado, se voluntariaram para a coleta de dados e a disseminação da pesquisa. Chamados de “Embaixadores”, esses universitários analisaram as informações de mais de 50 instituições.
Com exclusividade à AUN, Klynsmann Bagatini, coordenador geral do Índice, falou sobre a importância dessa ação. “Ter um trabalho desse nível vindo das organizações estudantis, como a Brasil Júnior, junto com a Enactus e a AIESEC, gera mais confiança. De fato, estão entendendo que os alunos conseguem olhar para a universidade e ver pontos de melhoria de forma direta. Com dedicação, estudo e apoio técnico de qualidade, isso é possível.”
Exposição e contexto
O trabalho foi apresentado no Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), no dia 12 de dezembro. No intuito de mapear as situações das instituições de ensino e trazer ideias para melhorá-las, uma série de variáveis foram levadas em consideração na elaboração do documento.
Projetos de extensão, inovação, pesquisa, patentes, internacionalização, qualidade, entre outros, fizeram parte dos indicadores. A necessidade do empreendedorismo nas universidades, algo enraizado nas melhores faculdades do planeta, sobretudo estadunidenses, norteou os esforços dos elaboradores.
A Universidade de São Paulo (USP) ficou em primeiro lugar no ranking final, com uma nota de 7,26. Na sequência, apareceram: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
Universidade empreendedora
Segundo Klynsmann, durante a elaboração da primeira edição, foi definido o conceito de universidade empreendedora. “É a comunidade acadêmica, inserida em um ecossistema favorável, que desenvolve a sociedade por meio de práticas inovadoras.”
De um modo sucinto, a universidade empreendedora deve observar tanto o aluno quanto a sociedade como clientes. As práticas inovadoras desenvolvidas na academia precisam ultrapassar as barreiras locais e impactarem o maior número de indivíduos possível.
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