Petmosfera, projeto de extensão desenvolvido por alunos e professores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (FMVZ), divulga informações para tutores de gatos e cachorros sobre intoxicação por alimentos e plantas no ambiente doméstico.
A ideia do projeto surgiu em sala de aula e o que era para ser um programa para a disciplina de saúde pública, ganhou extensão fora da faculdade. O Petmosfera conta com a colaboração de professores, graduandos de veterinária e com o apoio de empresas parceiras, como a PremieRpet e Zoetis.
Ações que parecem inofensivas, como dar restos de comida ou deixar os pets comerem algum alimento que caiu no chão, podem causar danos para a saúde dos animais. “Os sintomas são variados e individuais, mas os mais frequentes são vômito, diarreia, salivação excessiva, desmaios, convulsão”, comenta Susan Rebecca Fachini, graduanda de medicina veterinária e integrante do projeto.
Dentre os alimentos, o campeão de intoxicação é o chocolate, que causa, em casos leves, vômito, hiperatividade e aumento da quantidade de urina, e, em casos graves, febre, rigidez muscular, convulsões. Abacate, alho, cebola e café, entre outros alimentos, também apresentam riscos para a saúde dos animais.
Além disso, plantas ornamentais também oferecem perigos se ingeridas por cães e gatos. Comigo-ninguém-pode, Espada-de-são-jorge, Antúrio, Azaléia, contribuem muito nos quadros de intoxicação por serem mais comuns nos lares dos tutores.
Mas não se preocupe se tiver uma dessas plantas em casa, o risco de intoxicação não significa que os tutores não devem tê-las. “A proposta do projeto não é proibir essas plantas, é orientar os tutores a deixá-las em lugares mais inacessíveis, como colocar em cima de estantes ou em suportes no teto. É uma conscientização, não é uma proibição”.
O projeto alerta os donos através de redes sociais, site e blog do Petmosfera, revistas digitais sobre intoxicação por alimentos e por plantas, e produz cartazes informativos para clínicas veterinárias, distribuídos pelas empresas parceiras.
A difusão dessas informações é necessária pois muitas pessoas acreditam que cães e gatos têm um instinto que os vão alertar para ingerir alguma planta que possa ser tóxica. Susan explica que os animais “tinham esse instinto quando eles não eram domesticados, quando ainda eram lobos e gatos do mato e muito próximos da natureza. Agora, com todas essas mudanças, mutações e domesticação, eles não sabem aquilo que vai fazer bem ou não”.
No caso dos filhotes, que são muito mais curiosos, casos de intoxicação acontecem mais frequentemente por causa de cores e cheiros que chamam sua atenção. Caso o seu pet ingira algum alimento ou planta intoxicante, é necessário ficar atento para os sintomas e procurar atendimento veterinário.
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