As UTI’s do Instituto da Criança, o Hospital Universitário, o Instituto do Tratamento do Câncer Infantil e a FMUSP-Ribeirão Preto, instituições ligadas à USP, foram citadas no periódico Pediatric Critical Care Medicine (2019 epub ahead) como algumas das 10 instituições de destaque na área de pesquisa e produção científica do mundo. O Brasil dividiu espaço na área com países como EUA, Canadá, Alemanha e Grã Bretanha.
“[Essa publicação] reforça que estávamos no caminho certo e devemos manter essa organização, estrutura e visão relacionada à pesquisa em terapia intensiva pediátrica/neonatal”, comenta o professor Werther Brunow de Carvalho, do Departamento de Pediatria, área de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal.
Segundo ele, foi uma surpresa a USP estar tão bem colocada no Pediatric Critical Care Medicine, apesar de sempre constar na principal base de dados do ramo da medicina, a PubMed. A Universidade de São Paulo ficou em terceiro lugar no número de pesquisadores, em quarto lugar no número de ensaios clínicos de alta qualidade e em sétimo lugar no número total de ensaios randomizados.
Com essa relevância no campo da medicina pediátrica, a formação de novos profissionais conta com uma prática maior, com equipamento mais moderno e um fomento mais intensificado da pesquisa clínica. Isso permite que surjam, também, novos pesquisadores na área.
Apesar de Abraham Weintraub – atual Ministro da Educação – ter voltado atrás na sua decisão de cortar bolsas de pesquisa, o professor Werther faz um adendo: “Como médico clínico, pesquisador e também gestor tenho que refletir e verificar novos caminhos relacionados à pesquisa independente das questões econômicas. Associado a esse fato, o Hospital do Instituto da Criança possui uma gestão administrativo financeira que, apesar de todas as dificuldades, consegue equilibrar as questões relacionadas à assistência da criança, do ensino, e com um olhar positivo para a pesquisa.”
O professor ainda afirma que a relação entre os departamentos, do Hospital das Clínicas de São Paulo, de Ribeirão Preto, do Instituto de Tratamento do Câncer Infantil ajuda a amortizar o impacto da falta de verbas e a otimizar as estruturas para a produção de pesquisa. O reconhecimento da USP enquanto centro produtor de conhecimento vem em bom momento frente aos recentes questionamentos da universidade.
Faça um comentário