Poli Náutico junta teoria e prática em competições Brasil afora

Grupo de extensão participa de campeonatos nacionais de Nautidesign e aspira mundiais

equipe se reunindo ao redor de um projeto de barco em miniatura

Todo ano ocorre o Duna, Desafio Universitário de Nautidesign, em Joinville, SC. Embora seja um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina, a competição reúne alunos de engenharia naval de todo o país, e a Universidade de São Paulo possui representantes no campeonato.

João Pedro Boreli integra a Poli Náutico, grupo de extensão formado por cerca de 20 alunos de graduação que participam do Duna e outras competições ligadas a projetos offshore. Ele conta mais sobre os objetivos e desafios que o grupo enfrenta.

barco
Barco da equipe Poli Nautico para a DUNA 2024 – Imagem: Instagram @polinautico

Projeto penoso

Uma das modalidades competitivas do Duna é a construção de um modelo funcional, em escala reduzida, de uma embarcação do tipo rebocador. Pode parecer simples, mas construir um barco funcional e resistente se mostra uma verdadeira provação para as diferentes equipes.

“Algumas equipes constroem um barco por ano, outras competem sempre com o mesmo. Todo ano vemos as mesmas embarcações, porém com melhorias. Nossa equipe está juntando projetos e fundos para construir o próximo”, explica Boreli. Há também modalidades conceituais, e a Poli Náutico ganhou duas vezes seguidas pelo melhor projeto de embarcação. 

O papel da equipe

Para além das competições, que por vezes premiam em dinheiro, a equipe possui também um importante papel pedagógico. Conforme explica o docente Renato Picelli, os grupos de extensão da Escola Politécnica são parte integrante da unidade:

“O ensino acaba sendo muito mais proveitoso, a absorção do conhecimento teórico combinada com a aplicação prática se traduz numa melhor evolução acadêmica do aluno, um desempenho maior e mais prazeroso.”

alunos apresentam a equipe na frente de calouros. Atrás deles, um barco em miniatura em cima de uma mesa
É papel da equipe também animar os calouros para ingressar nas competições – Imagem: Instagram @polinautico

Em tom provocativo, Boreli concorda: “Tem gente que se forma em engenharia naval sem nunca ver um barco, um convés. Nós não, a gente coloca aqui a mão na massa para já saber como é.”

E o time está sempre em movimento. Além da troca de gestão, que ocorre todo ano, os alunos sempre buscam novas maneiras de se desafiar e novas competições para participar. O sonho da equipe é participar da RoboBoat, competição internacional de barcos autónomos que acontece na Flórida, USA. Mas para isso, “vamos precisar de mais um barco”.

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