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O horário de verão foi criado com a justificativa de economizar energia, visto que a sociedade poderia desfrutar de mais luz natural para realização de suas atividades cotidianas. Contudo, existem pesquisas que apontam os malefícios à saúde advindos dessa mudança, em tese superiores aos benefícios econômicos esperados pela medida.
Nesse sentido, Tiago Andrade, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e membro do grupo de cronobiologistas da Universidade de São Paulo (USP), lançou um manifesto contra o retorno do horário de verão no Brasil. A declaração obteve a assinatura de 27 professores de diferentes instituições ao redor do Brasil, como UFU, USP, UFPR, UFRB e outras. Vale ressaltar que, devido à sua rápida divulgação, não foram todos os profissionais da área que participaram da construção do manifesto.
O manifesto
O Governo Federal está debatendo a volta do horário de verão no Brasil. No entanto, de acordo com Cláudia Moreno, professora do Departamento de Saúde e Sociedade da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, estão sendo discutidas apenas questões favoráveis ao retorno. Assim, os pesquisadores sentiram a necessidade de mostrar às lideranças governamentais que existem outros fatores negativos, que envolvem efeitos à saúde entre seus desdobramentos.
Para isso, a docente cita um estudo norte-americano que apresentou um aumento de 24% na ocorrência de infarto na primeira segunda-feira após a entrada do horário de verão. Ela questiona se há um aumento dos gastos no Sistema Único de Saúde (SUS) após a implementação: “Isso ocorre no Brasil? O Ministério da Saúde fez o cálculo, assim como o Ministério de Minas e Energia fez o cálculo da economia energética?”
Segundo a especialista, o objetivo da publicação desse manifesto é incluir outros órgãos que serão diretamente afetados com o retorno do horário de verão: “Pretendemos atingir diretamente o Gabinete da Presidência da República para que envolva outros ministérios nessa decisão e não apenas o Ministério de Minas e Energia”.
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