
Entre os dias 20, 21 e 22 de agosto de 2024, o Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) realizou o oitavo colóquio acerca do escritor pernambucano Osman Lins, com o tema VIII Colóquio Osman Lins – A vivacidade de seu legado. Em 2024, também são comemorados os 100 anos de Lins. Além dos três dias de comemoração, uma série de podcasts e 12 aulas para a pós-graduação foram realizadas pelo Instituto.
Nascido em 5 de julho de 1924, em Vitória de Santo Antão, município do estado de Pernambuco, o escritor Osman Lins é autor de livros como Avalovara e Nove, novena. Além da produção literária, ele foi o responsável por elaborar críticas para jornais e roteiros para episódios televisivos.
A criação de podcasts
Para comemorar o centenário, foram produzidos 15 episódios da série Osman Lins – 100 anos no Podcast do IEB. O primeiro episódio é apresentado por Sandra Nitrini, professora titular em Teoria Literária e Literatura Comparada da Universidade de São Paulo (USP). Os episódios seguintes trazem outros “osmanianos”, como são chamados os especialistas nas obras de Lins, como apresentadores.
Nitrini, que foi diretora do IEB entre 2014 e 2018, afirma que, para o podcast, os convidados estiveram livres para escolher qual tema acerca da vida e obra de Osman Lins seria abordado. Um teatro que conta, apresentado por Maria Teresa Dias, autora do livro Um teatro que conta – A dramaturgia de Osman Lins, e Joel Yamaji, diretor do curta Um Grão De Claridade: No Percurso de Osman Lins, é um dos episódios que compõem o especial, abordando a obra dramática do escritor e a evolução de sua linguagem teatral.

A professora titular da USP afirma que “o interesse pelo escritor aumentou desde o primeiro colóquio dedicado às obras de Lins”, realizado em 2004. Temas presentes nas obras do escritor que despertam curiosidade entre leitores, como a ditadura brasileira, e um maior interesse dentro da academia, fazendo com que as obras alcancem novos leitores, são alguns dos pontos levantados por Nitrini para explicar o crescente interesse.
Para expandir a base de leitores, a professora sugere o contato com obras de sua primeira fase, considerada mais acessível quando comparada com o restante de seu repertório, mais denso e complexo, e adaptações cinematográficas, como o filme Lisbela e o Prisioneiro.
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