Pesquisa busca identificar remédios já aprovados que possam atuar contra o coronavírus

A procura por estratégias de tratamento da Covid-19 foca em inibidores da polimerase viral

A pesquisa do Instituto de Química (IQ) da USP procura por medicamentos que atuem como inibidores da polimerase viral do novo coronavírus. O estudo “Inibição do macrodominio viral como estratégia terapêutica para coronavírus” foca também no macrodomínio da proteína não-estrutural 3 (Nsp3), uma substância subexplorada necessária para a replicação do vírus é um importante mecanismo de supressão da resposta interferon do hospedeiro. Os testes contam com fases de triagem virtual e de ensaios celulares. 

A proteína Nsp3 tem diversos domínios, a parte que interessa ao estudo é o macrodomínio, que já era estudado pelos pesquisadores antes mesmo da pandemia. Poucos vírus têm esse macrodomínio que atua na defesa contra a resposta antiviral do hospedeiro, a chamada resposta interferon. Interferon é o nome da proteína que sinaliza que algo está errado para a própria célula e as células vizinhas, sendo que essa resposta induz a expressão de milhares de genes regulados por Interferon, como são chamados. 

As funções do vírus são resultado da atividade catalítica do domínio, que remove uma modificação pós traducional de proteínas mediada por enzimas que participam da resposta anti-viral do hospedeiro, chamada ADP-ribosilação. A pesquisa contou com uma rede de esforços internacionais para identificar inibidores do do macrodomínio de SARS-CoV-2.

“Estamos rapidamente implementando um pipeline que envolve triagem virtual de bibliotecas de compostos in silico, seguido de ensaios bioquímicos para determinar inibição da atividade do macrodomínio de SARS-CoV-2 in vitro: “co-cristalização de compostos com o domínio viral, ensaios celulares para determinar inibição in vivo do macrodomínio viral ectopicamente expresso em células, além de experimentos em células infectadas com SARS-CoV-2 ou outros coronavírus semelhantes para testar atividade anti-viral”, ”, diz o pesquisador Nicolas Hoch.

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