Você sabe como agir com seu pet durante a pandemia?

Ciência e Tecnologia

Foto: Reprodução (freepik)

Um medo comum entre quem tem pet é se ele poderia contrair coronavírus e consequentemente transmitir para nós, humanos, mas o professor Paulo Brandão, da Faculdade de Medicina e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), que estuda o coronavírus há anos, afirma que nossos animais domésticos não são capazes de nos infectar e nem mesmo de contrair, pois não são hospedeiros do novo coronavírus. E se seu pet é exótico, como um anfíbio, também não tem com que se preocupar. 

Porém, vale citar que esses pets podem “carregar” o vírus por meio da coleira e do pêlo, então é recomendável lavá-los! Outro tópico abordado pelo professor é que a vacina não vai ser utilizável para os animais, pois o tipo de coronavírus humano é um “primo distante” do presente nos pets. 

Já faz mais de nove meses que estamos em quarentena, ou para muitos agora, pelo menos em regime de home office. Com isso, o tempo que passamos em casa aumenta consideravelmente. Para quem tem pets esse é, com certeza, um momento de readaptação não só para o dono, mas também os bichinhos, que estavam acostumados a passar muito mais tempo sem companhia. Logo, o que pode alterar na vida de um cachorrinho ou gatinho viver com a gente 24 horas por dia e 7 dias por semana? 

Segundo estudantes de medicina veterinária da USP, a rotina toda dos animais pode mudar, tanto do horário de alimentação até o tempo dormindo e brincando.

Foto: Reprodução

Mas, e quando a quarentena acabar, quais são as consequências? 

De acordo com o vídeo “Ansiedade de Separação Após a Quarentena” do canal Luz, Câmera e Ciencia USP gerido por graduandos da FMVZ, é possível que os pets adquiram ansiedade de separação com retorno à “vida normal”, já que durante a quarentena passamos a ficar em casa muito mais tempo. Essa condição é uma tristeza que os animais, principalmente cachorros, passam depois de muito tempo sem seu tutor. Suas consequências podem ser, dentre tantas, quando o animal apresenta alteração de comportamentos, como cocô e xixi fora do lugar, automutilação, latir/ chora muito, tremores, vômitos entre outros comportamentos destrutivos. 

Como diminuir os impactos do retorno ao trabalho nos pets? 

Algumas soluções que podem prevenir ansiedade de separação são tentar manter uma rotina similar a de antes da quarentena, com refeições e saídas nos mesmos horários, além de exercícios e brincadeiras antes de sair de casa – ao deixar os pets ‘cansados’, eles não terão muita energia pra gastar enquanto estivermos fora. Estipular alguns períodos do dia para que o animal de estimação fique sozinho, mesmo quando alguém estiver em casa, também pode ajudar na transição do home office para a volta ao escritório, faculdade, etc., os veterinários da USP sugerem que durante o banho pode ser uma ótima solução, já que é um período curto em que estamos “ausentes”. Um outro bom recurso é deixá-lo com um de seus brinquedos favoritos, para que ele veja como uma “coisa boa” estar sozinho. 

Com a abertura gradual dos comércios em São Paulo, é recomendável fazer algumas saídas breves durante o dia sem o animal para que ele volte a se acostumar com a ideia da separação. E o mais importante: maus tratos não vão ajudar em nada! Deve-se valorizar comportamentos positivos e não punir comportamentos errados.

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