Combate ao bullying é tema de Congresso de fonoaudiologia

Melhora no uso do aparelho vocálico ajuda no combate ao bullying

Fonte: imagem do banco Freepik

A XIII Jornada de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) reuniu diversos especialistas, estudantes, docentes e pesquisadores em torno do tema “As Interfaces da Tecnologia e da Humanização: Uma Perspectiva Fonoaudiológica”. O encontro, que ocorreu nos dias 27 e 28 de setembro, buscou discutir temas como a vulnerabilidade da fala e a comunicação, ou seja, como um transtorno na fala afeta a comunicação – em especial de crianças de idade escolar até adolescentes.

Especialmente em crianças, um desvio na execução sons da fala é motivo de bullying, tanto por colegas quanto por professores. Não existe uma causa específica para um distúrbio de fala (ela é idiopática) e ocorre geralmente nessa fase infantil e está ligado ao desenvolvimento.

A professor do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fofito – USP), Haydée Fiszbein Wertzner, participou da Jornada e falou sobre a importância do investimento em pesquisa para a área. “A intervenção fonoaudióloga é longa, demora. É preciso investir tanto em bons pesquisadores quanto no fomento à pesquisa”, comenta a professora.

Um dos projetos que Haydée está envolvida é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) de intervenção randomizada nos transtornos dos sons da fala. Ela buscou entender a influência na frequência do número de sessões por semanas, a aplicação de modelos de intervenção e a gravidade do distúrbio.

Anterior a essa pesquisa, em outro projeto, ela utilizou o ultrassom como um processo de avaliação e intervenção em transtornos da fala. Ela pôde observar melhor as articulações envolvidas nos processos que compõem o ato de falar por meio do biofeedback, que é uma técnica que consiste em estimular o controle de ações do corpo. 

A defasagem da fala pode ocorrer por não conseguir diferenciar sons ou não conseguir executá-los muito bem (como pronunciar o V e o C, por exemplo), inflamação de ouvido constante (otite de repetição) ou problemas respiratórios. Todos esses fatores podem culminar em um menor controle do aparato de fala.

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