
Uma pesquisa da Escola Politécnica da USP diz ser possível fazer alterações em certos equipamentos industriais hidráulicos de grande porte para que gastem menos energia e paguem o próprio custo em menos de três anos. A metodologia é favorável com esforços das grandes empresas em adotar práticas sustentáveis e foi proposta pelo engenheiro mecânico, Guilherme Francis Fagundes Sortino, em sua tese de doutorado no início deste ano.
Apesar de no Brasil existirem mais empresas de menor porte e que não possuem muitos recursos tecnológicos, a metodologia de Guilherme ainda é válida. “Nós oferecemos, dentro da tese, duas avenidas de possibilidades. Uma delas implica em alta tecnologia e investimentos, mas a outra é mais acessível”. Assim, o pesquisador afirma que essas empresas podem utilizar, para suas máquinas industriais, um sistema start-stop similar ao que existe em certos automóveis hoje em dia. Isso quer dizer que os equipamentos desligariam automaticamente quando não usados, reduzindo significantemente o consumo de energia.
As perspectivas para o futuro da sustentabilidade na indústria deixam o engenheiro mecânico otimista. Um colega dos tempos em que trabalhava na Ford ficou sabendo de sua tese e o convidou para apresentar o tema na Semana de Engenharia da Faculdade de Engenharia de Sorocaba. “Havia mais ou menos 50 pessoas na sala e já eram alunos mais graduados. A maioria estava fazendo estágio e a receptividade foi muito boa. Foram feitas perguntas muito pertinentes e vários alunos demonstraram interesse em levar as ideias da tese para dentro das organizações que estavam engajados”, conta Guilherme.
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