45° CUBO oferece aula de harmonização facial para alunos de graduação

Especialista ressalta importância da apresentação da harmonização facial para alunos de graduação para que eles se tornem críticos sobre o tema

harmonização facial
Crédito: Unsplash

Durante o 45° Congresso Universitário Brasileiro de Odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo (CUBO-FOUSP) aconteceu um evento sobre harmonização neurofacial e preenchimentos faciais. O CUBO é um dos maiores congressos de odontologia na América Latina. O hands on foi ministrado por Rogério Marques, doutor pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN).

Na aula foram apresentados aos participantes os princípios dos preenchedores injetáveis, contendo uma revisão de anatomia e técnicas para a seleção do preenchedor ideal e para a volumização labial. Para ele, o contato dos estudantes com a harmonização neurofacial ainda na graduação é importante para a formação de opinião, para o amadurecimento profissional e também para apresentar a área como opção de especialização. 

“É preciso que eles se tornem críticos sobre o tema para poder opinar, seja a favor ou contra, de uma forma correta, baseados no conhecimento sobre quais benefícios ao bem-estar do paciente esses procedimentos podem trazer”, afirma Marques.

Segundo o especialista, o campo vem crescendo na odontologia e sofreu uma mudança de mercado expressiva no ano de 2020. “Houve uma procura intensificada de procedimentos de harmonização e procedimentos estéticos de face. No meu ponto de vista, esse movimento está associado ao isolamento social e ao uso intenso das redes sociais para se comunicar e se divulgar, o que implicou numa maior percepção de questões estéticas da face”, ressalta.

Com o aumento, Marques destaca a importância de procurar profissionais qualificados para a realização desses procedimentos, que façam uma avaliação correta do paciente, verifiquem se ele está apto ou não à execução da harmonização e conheçam técnicas e produtos.

Marques observa que “todos os procedimentos têm os seus riscos ou intercorrências que são inerentes à técnica”. Alguns dos riscos perigosos, no caso das harmonizações, são as chamadas intercorrências severas, como necroses, infecções, embolizações, que podem trazer sequelas para os pacientes. Porém, segundo o especialista, elas podem ser evitadas quando acompanhadas por um profissional. “O importante é que o cirurgião dentista assuma o papel de liderança no gerenciamento da intercorrência e que acompanhe a evolução até a cura. Desde que o profissional se qualifique e faça uso de técnicas prudentes, ele terá uma margem de segurança para evitar esses problemas”, afirma.

O pesquisador também comenta sobre a relevância de procurar profissionais no mercado que sigam e respeitem as recomendações do Conselho Federal de Odontologia (COF) para procedimentos de harmonização facial. Marques explica que, em 2019, por meio da resolução 198, o COF havia permitido que alguns procedimentos invasivos como blefaroplastia (cirurgia nas pálpebras), a otoplastia (procedimento na orelha), a ritidoplastia (cirurgia na face e no pescoço), fossem realizados por cirurgiões dentistas. Posteriormente, com novos estudos, as cirurgias foram retiradas da lista de procedimentos permitidos aos profissionais da odontologia 

Entretanto, alguns cirurgiões dentistas continuaram realizando essas intervenções mesmo após a proibição. Para Marques, esses profissionais influenciam negativamente a área. “A legislação habilitou e reconheceu a especialidade de harmonização orofacial para o cirurgião dentista. Um especialista tem a obrigação de cumprir uma série de pré-requisitos e de seguir o COF, em termos de carga horária, de treinamentos, para titular”, destaca.

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