Mobilização da Escola de Enfermagem da USP atua há mais de um ano contra a Covid-19

Grupo de trabalho da Escola de Enfermagem (EE) fornece informações, orientações e decisões durante a pandemia

Capa do site do Grupo de Trabalho [Imagem: GTEE Covid-19 / Reprodução]

Quando a pandemia da Covid-19 chegou à comunidade acadêmica da Universidade de São Paulo, em março de 2020, houve a necessidade da criação de grupos de organização e planejamento perante a situação. Nesse contexto, a Escola de Enfermagem fundou um grupo de trabalho (GT), no qual o grande volume de pautas de impacto vai desde discussões mais gerais, como a bioproteção dos servidores e alunos, até pautas dinâmicas e recentes, como o plano para a retomada das aulas presenciais. 

Rafael Pimentel, doutorando em gerenciamento de enfermagem pela EE-USP, é o representante dos estudantes de pós-graduação no GT Covid-19 e também participa do subgrupo que pensa nas dinâmicas da retomada das atividades presenciais. Em entrevista à AUN, ele conta sobre a formação do GT e do seu percurso até os dias atuais. 

No início, um grupo técnico com nomes de referências da área, como a professora Maria Clara Padoveze, foi formado com a missão de assessorar tecnicamente a direção nas tomadas de decisão e para dar instruções gerais à comunidade acadêmica. É importante esclarecer que mesmo que o GT pertença à EE, sua abrangência por vezes alcança diversas áreas da USP, seja por decisões ou referências. 

A partir do grupo macro, que coordenaria as atividades gerais, outros grupos foram surgindo para pensar questões mais específicas. Em maio, por exemplo, foi formado o subgrupo de trabalho responsável por pensar em uma retomada e em planos de contingência para o futuro. “O subgrupo já teve uma formação muito mais democrática da comunidade. Então tem servidores, representantes dos servidores, representantes dos estudantes de graduação e docentes também”, diz Rafael. 

Com esse diálogo maior com a comunidade, o subgrupo está dividido em 5 pilares de estruturação, que pela extensão dão uma pauta à parte. Mas no geral, os pilares tratam de questões como medidas administrativas, monitoramento dos casos, provisão de insumos e equipamentos, treinamento e comunicação efetiva com a comunidade acadêmica. 

Durante o percurso, surgiram desafios, como a impossibilidade em pensar um futuro de retomada em volta do dinamismo da pandemia, mas também momentos de satisfação. Rafael conta que foi muito marcado pela “sensibilidade da comunidade em contribuir para a gente passar sobre todas essas etapas, toda a pandemia”, ainda mais dos que não faziam parte do círculo do grupo. Houveram diversas ações de apoio, como ajuda na avaliação de vídeos educativos e auxílio em estudos presenciais de planejamento. 

Para o futuro, por mais que incerto, também existem planos e principalmente novas mobilizações, como a expansão do pilar da comunicação. Mas em todas as visões, certos fatores como ajustar a estrutura física, pensar relações dentro da faculdade, monitorar e respeitar a vida humana continuam. 

Mas o que acontece na Escola de Enfermagem hoje já pode ser visto como uma espécie de pré-visualização. Rafael finaliza contando das visitas a Escola de Enfermagem, “para ver se as pessoas estão mantendo o distanciamento, se estão utilizando a máscara corretamente, se estão respeitando os locais de convivência, mantendo a janela aberta, etc. Então acho que pensar em futuro é pensar nessa retomada segura e efetiva.” 

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