Alunos ampliam oferecimento de modalidades esportivas a crianças com deficiência

O projeto Escola de Esporte para Crianças com Deficiência pretende passar de piloto para definitivo em 2020. (Imagem: EEFEUSP).

Durante a disciplina Esporte e Deficiência I, ministrada na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, os alunos Priscilla Baruffaldi Bittar e Pedro Henrique Soares Scardasi elaboraram um projeto para proporcionar diversidade de práticas esportivas a crianças com deficiência. A iniciativa, além de buscar aproximar a universidade da sociedade, contribui para o oferecimento do para-esporte a crianças.

Existe um curso de natação inclusiva na EEFE, mas que não é voltado para o público infantil. Dentro do curso, a turma de adaptação ao meio aquático recebe mais crianças, que nem sempre se sentem confortáveis com a modalidade. “Existem crianças que estão nessa turma há muito tempo e só praticam atividade física no meio aquático. Pensamos em proporcionar a atividade física fora da água. O atendimento especializado em atividades terrestres é escasso”, comenta Pedro.

Os estudantes decidiram criar uma proposta que atendesse esse público de um modo mais abrangente. Foi feita uma pesquisa prévia com os participantes, de nove a doze anos, da Natação Inclusiva sobre quais modalidades gostariam de praticar. Desse modo, eles colocaram em ação um projeto piloto, em que três crianças entre sete e nove anos participaram de atividades de futsal, handebol e alguns exercícios de coordenação. 

Priscilla ressaltou o significado da experiência em nível pessoal. “Trabalhar com pessoas com deficiência e com iniciação esportiva é o que quero para minha vida, então foi importante para mim. Pegar as crianças que já conhecíamos na piscina e levá-las à quadra foi totalmente diferente.”

Ambos enfatizaram o papel da universidade pública em se relacionar com a sociedade. “A importância social está em contribuirmos com o que aprendemos aqui dentro, ainda mais com as crianças com deficiência, que não têm muitas oportunidades de praticar atividade física”, afirmou Priscilla.

Já Pedro focou nas novas experiências dadas aos menores: “Nossa principal motivação foi proporcionar vivência que as crianças não possuíam até o momento e muito provavelmente não teriam fora da EEFE”.

Para o próximo ano, a dupla busca oficializar a iniciativa e torná-la definitiva, como Escola de Esporte para Crianças com Deficiência. Os trâmites para viabilizá-la ainda estão andamento com a diretoria da unidade, mas eles garantem que os esportes oferecidos serão os de prática em quadra, em especial, modalidades com bola.

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