Adaptação de teste para idosos com Alzheimer ajuda em terapia

Avaliação foi capaz de verificar o comprometimento da doença no desempenho de tarefas cotidianas

Teste RTI-E ajuda em medidas centrais para terapias em idosos com Alzheimer. (Foto: Freepik)

Pesquisa da Faculdade de Medicina traduziu, adaptou transculturalmente e validou o inventário das tarefas rotineiras – estendido (RTI-E). O estudo, de autoria da pesquisadora Patrícia Cotting, possibilitou a distinção de indivíduos com e sem Alzheimer, além de verificar o grau de comprometimento da doença no desempenho de tarefas cotidianas. Estas informações são centrais para a adoção de orientações para o amparo do indivíduo, como medidas de segurança no ambiente, intervenções terapêuticas e auxílio do diagnóstico.

A doença de Alzheimer é um transtorno degenerativo neurológico progressivo, que se apresenta pela deterioração cognitiva e da memória e acomete, em sua maioria, indivíduos com idade mais avançada. Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 11,5% da população idosa do Brasil convive com a doença.

O RTI-E é uma avaliação que permite avaliar o desempenho em atividades básicas e instrumentais, comunicação e preparo para o trabalho a partir da perspectiva do paciente, do cuidador e do terapeuta. Em outras palavras, este teste consegue avaliar a performance do doente em atividades rotineiras.

A análise foi realizada no ambulatório de Psiquiatria Geriátrica do programa de terceira idade (Proter) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e passou por algumas etapas para sua realização. O primeiro passo foi a tradução do teste do inglês para o português. Após isso, as questões foram adaptadas à nossa cultura e, por fim, aplicou-se o instrumento nos indivíduos que participaram do estudo. O resultado obtido indica que a avaliação é um instrumento válido para uso na população brasileira.

Cotting comenta sobre sua motivação para a realização da pesquisa: “Defini [a pesquisa] pela percepção da necessidade de termos mais instrumentos de avaliação de funcionalidade específicos em Terapia Ocupacional. O uso desses instrumentos é muito importante para a prática clínica, então pensei também na utilidade dos resultados da pesquisa tanto para o crescimento da minha profissão, mas principalmente para a melhoria da qualidade do atendimento aos idosos com Alzheimer.”.

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